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sexta-feira, 24 de março de 2017

A Loja de York

  

A cidade de York, apesar de nos seus primórdios ter tido outro nome, já nasceu famosa pois essa província foi escolhida pelos romanos para conter as residências dos Imperadores e dos altos comandantes durante a estadia deles no norte da Inglaterra. O antigo nome era Eboracum e foi considerada a capital do norte desse país por muito tempo (estamos falando da época aproximada de 50 a.C).

Referente à Maçonaria, conta-se muita coisa, e não se sabe se é lenda ou história  verdadeira. É dito que no ano 926 d.C, nessa cidade, teria sido realizada uma Assembléia Geral de Maçons, convocada pelo príncipe Edwin, irmão ou filho do Rei Saxão Athelstan.

A finalidade desta Assembléia era a de gerar uma Constituição que serviria de lei única para a Fraternidade dos Maçons. Essa Constituição, também chamada de "Manuscrito de Krauser" (foi dito ele ter feito a tradução do original) foi acreditada por muitos durante muito tempo, porém dúvidas apareceram sobre sua existência e veracidade. Em 1864, J.G.Findel foi designado pela Maçonaria alemã para descobrir o documento original, mas nada encontrou.

A Loja de York era de considerável idade tendo originalmente sido uma Loja Operativa. Sabe-se que em 1705, essa Loja e outras fundaram uma espécie de Federação. Em 1725, estimulada pelo sucesso da Grande Loja de Londres e Westminster , essa Federação transformou-se em uma Grande Loja sob o título de "Grande Loja de Toda a Inglaterra", com sede em York e redigiu 19 artigos que deveriam ser seguidos.

De 1740 até 1760 esse corpo ficou mais ou menos dormente, mas em 1761 a Grande Loja dos Modernos deu uma Carta Constitutiva a uma Loja em New York o que estimulou o interesse da Grande Loja original, resultando então na formação de 14 Lojas em Yorkshire, Lancashire e Cheshire.

Em 1790 a "Grande Loja de Toda Inglaterra" abateu Colunas (foi extinta), tendo seus antigos registros preservados, até hoje, pela Loja de York nº 236.

Não se sabe com certeza como que foi seu Ritual ainda que numerosas Lojas americanas se dizem hoje do Rito de York, o qual permanece em vigor nos EUA.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Solstícios e Equinócios

 

 

A Astronomia e a Astrologia são ciências extremamente importantes, mas não é de nosso interesse, e nem tenho capacidade de fazer um tratado sobre os Solstícios e os Equinócios.

Vou simplesmente dar algumas definições e conclusões, da maneira mais pratica possível e, no final, fazer uma observação, que ao meu ver é de extrema importância pois definiu eventos religiosos importantes.

É sabido que a Terra tem movimento de rotação em torno de seu próprio eixo e gira em torno do Sol num trajeto com formato de uma elipse. Entretanto, se tomarmos um ponto da Terra como "referência", aparentemente, o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste. Só que não nasce sempre no mesmo local. Ele caminha num sentido (para a direita, por exemplo), permanece parado por um período, e volta no sentido contrário até atingir o outro extremo. Permanece parado por um período e recomeça tudo outra vez. Leva seis meses para ir de um extremo a outro e, portanto, um ano para voltar ao mesmo extremo.

Essas aparentes "paradas", que são as posições da Terra nos extremos mais longos da elipse, são chamados de "Solstícios" de Verão e de Inverno. Abaixo da Linha do Equador ocorrem em 24 de dezembro e em 24 de junho, aproximadamente. Acima da Linha do Equador, as datas são as mesmas, e onde é Verão é Inverno e vice-versa.

"Equinócio" é quando o Sol encontra-se no meio dos dois extremos. E, obviamente, temos também dois: o de Outono e da Primavera.

O mais interessante de tudo que foi escrito é que, nos Solstícios, a quantidade de horas de sol (claridade) e de escuridão varia durante o período de 24h do dia , e se alterna.

Desse modo, no Solstício de Verão a quantidade de horas de claridade é muito maior que a escuridão, durante as 24h de um dia. E ao contrário no Solstício de Inverno.

 

Como o Sol, nas religiões das civilizações antigas era considerado como um dos "deuses", essa variação crescente da sua presença durante seis meses nos dias, foi base de uma religião muito antiga chamada "Solis Invictus" (e também do Mitraismo).

Recapitulando, o Solstício de Inverno, acima da Linha do Equador, que foi onde as civilizações mais se desenvolveram, no dia 24 de dezembro tinha uma quantidade maior de horas de escuridão do que as de claridade. E, a partir desse dia, essa religião comemorava sua festa máxima que era o "Natalis Solis Invictus" que era quando o Sol começava a aumentar sua presença ao longo dos dias, até o próximo Equinócio quando as horas de escuridão e claridade seriam iguais. Esse dia era de extrema importância para os adeptos dessa religião: era quando o "Sol nascia e crescia em força e vigor".

O cristianismo, na época de Constantino, o Grande, foi alçada à condição de religião de Estado, apesar de que ele próprio, até próximo a sua morte, pertenceu a religião "Solis Invistus". A festa máxima era o nascimento de Jesus Cristo, que era comemorada em 06 de janeiro.

Entretanto, como foi uma religião "imposta" pelos governantes, as convicções antigas permaneceram e eram também comemoradas. Para resolver esse problema, as festas católicas tiveram as datas trocadas, coincidindo com as antigas festas do "Solis Invictus".

Inclusive, a data de nascimento de Jesus que era comemorada em 06 de janeiro, foi trocada para a data de 24 de dezembro, por Constantino em 521 d.C.

Desse modo, a atitude de um déspota daquela época, que por interesses político e temporal, influenciou, e continua a influenciar, no comportamento de milhares de pessoas, no tocante as suas convicções religiosas.

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 22 de março de 2017

As Duas Colunas Externas dos Templos

  

Desde as épocas mais remotas da Civilização, a mente humana se volta para os "deuses" na procura de esclarecimentos e auxílio divino para a vida cotidiana.

Temerosos e, consequentemente, devotos, os primitivos ofertavam comidas, objetos e sacrifícios para aplacar a ira dos "deuses" que se manifestava pela intempérie e animais selvagens. O local onde eles faziam essas oferendas era "solo sagrado", provavelmente, num recanto sombrio de uma floresta, e só os mais "esclarecidos" podiam fazê-las.

Com a evolução e certa estabilidade, o ser humano rudimentar tornou-se observador do céu e do horizonte. E ele começou a perceber que o Sol (sem dúvidas um dos deuses) nem sempre sumia no horizonte no mesmo local. Percebeu que o Sol se deslocava para a direita por um determinado tempo. Parava por um período e retrocedia no sentido contrário e parava novamente, agora no lado oposto. E repetia tudo novamente.

Percebeu, também, que a claridade (horas de sol) variava com esse deslocamento. E, mais importante, associou o tempo frio, a neve, a alta temperatura, as chuvas, etc com esse deslocamento, e com a melhor época de plantio, de enchente dos rios, etc.

Com isso, o "solo sagrado" foi deslocado para o cume de um pequeno monte, onde o sacerdote podia observar o horizonte e verificar onde o Sol estava se pondo e fazer seus presságios dos sinais observados. Para melhor controle, os sacerdotes colocaram nos dois extremos atingidos pelo Sol, duas estacas, que posteriormente se transformaram em colunas.

O "solo sagrado", agora fixo num determinado local, recebeu para melhor proteção dos sacerdotes (augures) uma cobertura, e posteriormente, paredes feitas de pedras, transformando-se num Templo do passado.

Devo esclarecer que a palavra Templum vem do latim e era a denominação dada a essa faixa do horizonte, entre as duas colunas, onde as adivinhações eram feitas. O Sacerdotecontemplava aquela região e tirava as conclusões.

Com o passar dos tempos, os Templos, locais agora onde os adoradores iam rezar e fazer suas oferendas, mantinham na frente, na parte externa, as duas colunas. Virou tradição. Todos os Templos construídos, mesmo sem saber o "por que" daquilo, tinham que ter as duas colunas.

 

Hoje nós sabemos que o deslocamento do Sol é aparente (quem se desloca é a Terra) e os pontos assinalados pelas estacas são os Solstícios (de Inverno e de Verão) e o meio deles assinala o Equinócio.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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