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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Tempo de Estudos

Às vezes, tem lojas que deixam o assunto na hora do Tempo de Estudos correr solto.. Trazem até os assuntos da Palavra a Bem da Ordem... Não é para isso que serve esse Tempo! ATENÇÃO!!

Esse tempo é necessário e salutar! Sem ele, as lojas ficam só discutindo o que servir no próximo almoço/jantar/festa, e nada acrescentam ao ser humano!!!

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Uma das metas da Maçonaria é o aperfeiçoamento do ser humano, buscando sempre a Verdade. É obvio que para isso é necessário dedicação, estudos, debates, etc, para que a mente do Obreiro fique cada vez mais aberta, mais receptiva e mais preparada.

Pensando nisso, com o intuito de dedicar um espaço de tempo aos estudos e debates, as Lojas, dependendo do Rito praticado e da Obediência, estabeleceram o "Tempo de Estudos" ou "Quarto de Hora de Estudos".

Não era prática ritualística até, aproximadamente, 40 anos atrás. Foi enxertado com a finalidade de atender o que foi descrito acima. Na verdade, tempos atrás, isso era feito na "Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Geral". Na minha opinião, foi um aperfeiçoamento.

Como foi inserido na Ritualística, após a apresentação feita por um Obreiro (palestrante), a palavra corre nas Colunas conforme estabelecido pela mesma, e não são dispensados os sinais e cumprimentos aos demais Obreiros que queiram fazer perguntas.. Ou seja, numa Sessão Ritualística, esse "Tempo de Estudos" não pode fugir à tramitação ritualística da palavra e a obrigatoriedade de falar em pé e a Ordem, com exceção do VM e dos Vigilantes (Castellani).

Porém, dependendo da necessidade de aproveitar o tempo disponível, ou apresentação com projeção de slides (muito comum hoje em dia), ou permitir um debate mais frutífero, a sessão Ritualística é suspensa. Abre-se a "Loja em Família" pelo Venerável Mestre, com golpe do Malhete.

Todo controle da apresentação, tempo de debate, uso da palavra, etc, são sempre controlados pelo Venerável Mestre.

Finalizados a tal apresentação e o debate, a Loja entrará na Ritualística, com golpe de Malhete proferido pelo Venerável, seguido das palavras "Em Loja meus Irmãos".

Resumindo:

• o "Tempo de Estudos" visa aperfeiçoar os conhecimentos dos Obreiros e não deve ser confundido com "Instruções do Grau"

• pode, ou não, ocorrer numa Sessão Ordinária.

• Não deve ser longo demais para não atrapalhar a Sessão.

• Quando ocorre o debate, o assunto não deve mais ser discutido na "Palavra a Bem da Ordem...".

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Mudança Radical – Operativos para Especulativos



Aproximadamente entre 1550 e 1700, aos poucos, os Maçons mudaram seu comportamento. Deixaram de ser uma associação (Guilda) de pedreiros trabalhadores, com algumas ilegalidades, que aceitavam todas as doutrinas da Igreja Católica, e se transformaram em uma organização de Cavaleiros intelectuais, partidários de tolerância religiosa, entre homens de religiões diferentes, e convencidos de que as polêmicas doutrinas teológicas deveriam ser substituídas por uma simples crença em Deus.

Na época, eram chamados de "Maçons Operativos" e, com essa mudança, começaram a ser chamados de "Maçons Aceitos" ou "Cavaleiros Maçons", principalmente na Escócia.

Esses novos membros patrocinavam a Ordem, principalmente na Inglaterra onde a nobreza e a emergente classe mercantil, achavam isso como complemento ao sucesso pessoal. Na França foi mais ou menos semelhante, além do que, as Lojas serviam, aos livres pensadores, como local ideal para o crescente espírito de liberalismo.

Posteriormente, esses Maçons Aceitos começaram a ser chamados de "Maçons Especulativos", (ver Pílula Maçônica nº6 – Maçonaria Especulativa), porém, esse termo não foi utilizado antes de 1757.

O motivo da mudança parece estar bem claro: o enfraquecimento da Igreja Católica, devido a Reforma Religiosa, em torno de 1500 d.C. fez com que as grandes construções (catedrais) diminuíssem de ritmo, de modo acentuado. A Arquitetura Religiosa diminuiu acentuadamente, juntamente com o dinheiro destinado para isso. E na Inglaterra, tudo isso, atrelado as trocas de Reis e Rainhas, alguns tendendo para o Anglicalismo outros para o Catolicismo.

Ou muda, ou fecha! Foi o que aconteceu com outras Associações (Guildas), como os Chapeleiros, Seleiros, etc. Não mudaram o comportamento e a finalidade das mesmas, e acabaram fechando.

Na verdade não se sabe como se produziu essa mudança. Os grandes historiadores maçônicos se dividem, neste ponto.

A semente, provavelmente, deve ter sido o fato de que, de longa data, essas Associações aceitavam os filhos de membros que nem sempre continuavam na profissão do pai.

Esclarecendo: na idade média era comum uma pessoa seguir a profissão de seu pai, apesar de que nem sempre isso ocorria. Entretanto, isso não impedia que fosse membro da Associação.

Na Escócia, por exemplo, era habitual as Associações ligadas ao comercio, e mesmo na Maçonaria Operativa, convidarem Cavaleiros influentes a pertencerem a elas. Foi o caso do convite feito, por essa última,

aos Cavaleiros da família St Clair de Rosslyn. Que aceitaram tal convite e, posteriormente, praticamente ficaram "donos" da Maçonaria.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Resolvendo o Karma Familiar

Achei esse texto muito interessante - acho que os Jurza têm um karma familiar que vem de lá, de muitas eras... 

E acho que a pioneira na quebra do padrão pode ser minha prima Ana, que realizando a volta para a Croácia, está iniciando a quebra do padrão e liberta-nos do karma familiar.

Sei que para ela não está fácil, que é um desafio - mas ela resolveu encarar e está lutando bravamente.

Resta saber se os Jurza se livrarão desse karma e começarão a se libertar das amarras que nos impedem de caminhar adiante. 

Muitos acontecimentos se repetem em nossa família - Seria um ciclo que roda e roda e não se resolve... Como a carta 10 do tarô, que inexorável gira, alternando o mal e o bem. Mas parece que a nossa roda tem um peso em um dos raios...

Peço de antemão a permissão para reproduzir o texto, já que cito a fonte, pois o assunto nos é concernente, e ademais, já penso nele há muito tempo, dessa mesma forma, admitindo esse tipo de KARMA FAMILIAR. O que carregam os Jurzas?


-------------------------------------------------------  Segue o texto de Maiana Lena -------------------------------------------------------

A partir do seu nascimento você começa a absorver as energias de seus pais tão fortemente, como se fossem suas próprias. Este elo é tão forte que você não consegue distinguir onde ele começa ou termina. Você começa a absorver seus medos, suas culpas e suas cargas emocionais. Estas cargas são geralmente passadas por várias gerações tanto pelo lado materno quanto paterno. Pode "haver um aspecto kármico envolvido na questão, o padrão kármico vem se repetindo vida após vida até que seja quebrado."

Isso você pode chamar de karma famíliar. Pode haver questões relacionadas com um homem desequilibrado emocionalmente ou com uma mulher envolvida em uma escravidão auto imposta a um relacionamento escravizante, as questões relativas a determinadas doenças envolvendo o pai ou a mãe, etc.

Este tipo de carga kármica é resolvido quando a energia presa dentro de você é liberada, e, portanto, não é repassada para a próxima geração. O Karma familiar é resolvido quando, pelo menos um membro da família, quebra o vínculo, definindo-se livre do fardo emocional que ela absorveu desde a infância e acoplado em seus genes ligado a várias encarnações.
O membro da família que "quebra o padrão kármico" o fará em primeiro lugar, ajudando a si mesma. Trata-se de estar focado em seu próprio crescimento interior e expansão.

Este crescimento e expansão têm um efeito sobre a "energia da família." Isso abre a possibilidade de os membros dessa família para encontrar o caminho para sair também. Este processo não está vinculado apenas ao filho, mas também aos progenitores ou irmãos ligado a família. O ente familiar que se libertou do padrão kármico ligado a família fornece uma trilha energética para outros de sua família se libertarem também. Isso ele realiza naturalmente por seu trabalho interior e o que ele irradia consequentemente por causa disso, não pelas tentativas de empurrar os outros para mudar e avançar. O que ele oferece a sua família de nascimento energeticamente é a possibilidade de mudança. Sua energia espelha a possibilidade de mudança para eles e isso é tudo que ela precisa fazer.

Os membros da família poderão então seguir a trilha ou não. Ninguém é responsável pela mudança de alguém. Não é sua missão espiritual forçar alguém a trilhar o caminho espiritual e transformar-se. Este caminho é único e pertence a cada ser individualizado. Você pode se livrar do fardo kármico familiar que você pode ter gerado em muitas vidas aos seus entes familiares ou eles a você. Quando isso ocorrer você poderá apagar a carga emocional relativo ao fardo kármico impedindo assim serem repassados aos seus filhos e assim sucessivamente. Esta é a sua missão de alma.

Não lamentem a perda de sua família a este respeito caso eles não estejam prontos a seguir a trilha da libertação do fardo kármico. Você vai ter-lhes oferecido um ótimo serviço limpando o caminho e deixando uma trilha. Esse caminho vai ficar lá e ele será usado um dia por quem quiser sair daquele processo kármico em particular. A pista é o espaço de energia que você deixou disponíveis para eles.

Não é o seu objetivo levá-la em seus ombros. Isso é não a sua tarefa. Sempre que você tenta arrastar figurativamente seus pais ou familiares a seguir a trilha da libertação você está atrapalhando o seu próprio crescimento, e você sofrerá decepções e tristezas. Essas outras pessoas que você ama e deseja compartilhar a sua luz com você podem optar por viver nesta condição de "cegos na luz" por mais um século ou mais. Esta decisão cabe a eles.Mas um dia em seu próprio tempo, eles vão descobrir a trilha deixada por você em algum ponto e isso os fará fazer isso também. E assim eles vão começar o seu próprio caminho de crescimento interior, sua própria subida para a luz.

E não será maravilhoso eles encontrarem marcas ao longo do caminho, uma pista para eles para seguirem? Eles terão que passar por suas próprias lutas, mas eles terão um farol estabelecido para eles que iluminará seu caminho. Como pioneira deste caminho você abençoará a estrada tão difícil que escolheu trilhar com gratidão e honra!

Tratamento de Transmutação e cura Familiar- Maiana Lena

Lojas de Promulgação e Reconciliação

 

Os nomes de três importantes Lojas e seus significados históricos devem sempre estar na mente dos estudiosos maçônicos.

São elas:

* Loja de Promulgação (tornar público, conhecido)

* Loja de Reconciliação

* Loja de Emulação

Sabemos que quatro Lojas formaram a Grande Loja de Londres e Westminster em 1717. Estamos cientes, também, que uma outra Grande Loja foi formada anos mais tarde (1751) e que era asperamente hostil a primeira citada.

Essa segunda Grande Loja se auto intitulou de "Antigos" e apelidou a primeira Grande Loja de "Modernos", de maneira depreciativa, pois achavam que eles não estavam seguindo fielmente os "Antigos Deveres" (Old Charges).


Essa animosidade persistiu por longo tempo (aproximadamente 50 anos) até que, no início do século XIX (1800), devido a diversos fatores, inclusive um sentimento de maior tolerância de ambas as partes, produziram um desejo de união que, posteriormente, se concretizou.

Em 1809 os "Modernos" criaram uma loja, de comum acordo, chamada "Loja de Promulgação" para acertar e tornar conhecido, entre eles, os Antigos Landmarks da Ordem.

Essa Loja teve muitas reuniões, nas quais ensaiaram, discutiram e definiram o Cerimonial dos Trabalhos em Loja. Principalmente, o Cerimonial de Instalação, o qual era um importante ponto da rivalidade existente entre as duas Grandes Lojas.

Estando tudo definido, essa "Loja de Promulgação", após árduo trabalho, encerrou suas atividades em 1811. 

E, sem dúvidas, ela ajudou enormemente a união que ocorreu em 1813 A Loja de Reconciliação: baseado nos "Artigos da União" de 1813, uma comissão foi constituída, formando uma Loja que deveria ser constituída de "nove maçons dignos e experientes", de cada lado, com a finalidade de instruir e obrigar, os Veneráveis Mestres, ex-Veneráveis, Vigilantes e demais oficiais da Loja, a se prepararem para a Grande Assembleia, comemorando União com uniformidade nas formas, regras, disciplina e trabalhos. 

A Loja reuniu-se em muitas ocasiões e as Cerimônias que foram acordadas, foram ensaiadas e, com algumas alterações, tudo foi aprovado em 1816. Os registros não revelam o Ritual ensaiado pois tudo era decorado.

A Loja Emulação de Aperfeiçoamento: este é o lugar apropriado para o ensaio correto do Sistema de Ritual conhecido como "Emulação". Foi fundada em 1823 e o principal expoente dessa loja foi Peter Gilkes que morreu em 1833. As maiores precauções são tomadas, nessa loja, para preservar a pureza do Trabalhos, que foi formulada pela Loja de Reconciliação e aprovada pela Grande Loja em 1816. 

Não é uma Loja para instruções, mas para a melhoria do Ritual, estando os membros, de antemão, totalmente familiarizados com o mesmo.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Maçonaria é religião?



Como as Pílulas Maçônicas são voltadas principalmente para os Aprendizes e Companheiros, vamos voltar nesse assunto.
Muitos críticos e detratores da Maçonaria afirmam, a muito tempo, que a Ordem Maçônica é uma religião. Entretanto, ainda que a Maçonaria é por tradição uma sociedade de homens religiosos, categoricamente não é uma religião e nem pretende ser.
Não tem teologia, não oferece sacramentos, não garante e nem promete salvação da alma após a morte. Apesar de que seus ensinamentos são interpretados dentro de um clima espiritual, é esperado que os Obreiros pratiquem esses ensinamentos dentro do contexto de suas próprias religiões.
É sabido que algumas atividades maçônicas parecem ser religiosas. Como exemplo, temos a "Cerimônia de Casamento Maçônico". Muitas vezes e em muitos lugares é feito esse tipo de cerimônia. Na verdade, é só uma confirmação, dentro do ambiente Maçônico, de duas pessoas já legalmente casadas. O Venerável Mestre de uma Loja não é uma pessoa autorizada para celebrar um matrimônio e, consequentemente, o par em questão, já é casado.
Portanto, é um ato feito unicamente com a finalidade de comemorar, ou celebrar, entre Obreiros de uma ou mais Lojas, a união legal anteriormente realizada.
Existe, também, a "Cerimônia Fúnebre" onde a Loja se reúne para recordar os bons momentos que teve com o Obreiro falecido, suas boas obras, e para uma última, simbólica, despedida. Não é um sacramento nem substitui a um funeral religioso.
O Templo, onde as Lojas se reúnem, não é um lugar sagrado, apesar de muitos Maçons pensarem dessa forma. A "Sagração" de um Templo Maçônico, levando em consideração que a Maçonaria não é uma religião, é simplesmente um reconhecimento Maçônico, por todos os maçons presentes no ato de que, aquele local, tem a dignidade de um Templo Maçônico e será sempre usado para as atividades Maçônicas (ver Pílula Maçônica nº103 – Sagração). O objetivo principal é a realização de cerimoniais maçônicos e atividades administrativas. Não tem um motivo especial para ser religioso.

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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